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Surf Underground, Blockchain e Arte Independente

O surf sempre teve suas raízes na contracultura. Antes de se tornar um esporte profissional altamente comercializado, ele era uma expressão de liberdade, um estilo de vida para aqueles que buscavam conexão com o oceano de maneira autêntica e visceral. De Olinda 36 resgata essa essência, trazendo um olhar independente e experimental para o surf, embalado pelo espírito DIY (Do It Yourself) e pela inovação da cultura Web3.

Este projeto independente conta com o apoio e incentivo da GnarsDAO, uma comunidade revolucionária da blockchain que valoriza a arte, o esporte radical e os movimentos underground de surf e skate. Através do financiamento descentralizado e da valorização de narrativas autênticas, a GnarsDAO permite que projetos como este ganhem vida, explorando novas possibilidades dentro e fora da Web3.

A Estética do Surf Core e a Produção Independente

Diferente das produções convencionais de surf, De Olinda 36 não busca glamourizar o esporte com ondas gigantescas ou cenários paradisíacos típicos das campanhas publicitárias. Em vez disso, o curta mergulha na essência crua do surf core – uma abordagem que valoriza o estilo, a fluidez e a adaptação às condições naturais, sem amarras a tendências passageiras.

O filme foi realizado ainda na Layer 1 da Ethereum, durante a primeira season da comunidade GnarsDAO, e conta com uma curadoria visual diferenciada. Com registros de surfistas explorando as ondas do Sudeste brasileiro, a cinematografia transmite uma energia autêntica e experimental. Os registros ficaram por conta de Thiago Souza e Mariana Brito, além de footages adicionais que enriqueceram a composição final-realizada pela Item Filmes, que trouxe um toque documental e artístico, condensando as diferentes camadas do projeto.

Destaques da Produção e Influências Artísticas

Além de capturar sessões de surf visceral, De Olinda 36 incorpora projetos paralelos que complementam sua narrativa experimental e inovadora:

  • Gnarsym Surfboard – Desenvolvida pelo shaper Matheus Miranda (Mazesurfcrafts) e pelo surfista João Parmagnani, a prancha representa uma evolução no design de equipamentos alternativos, explorando conceitos assimétricos e twin-fin para maximizar performance e estilo. Remetendo a descentralização fornecida pela Web 3.
  • Upcycling e Consciência Ambiental – O curta também toca em temas como a sustentabilidade, abordando a iniciativa da Precious Plastic ES, que busca reaproveitar plásticos descartados para criar novos produtos e minimizar impactos ambientais.
  • Camadas Visuais e Colagens Artísticas – A estética do filme é enriquecida por sobreposições experimentais de imagens, incluindo borboletas de Pascoal e composições únicas que unem arte digital e filmagem analógica.
  • Exploração de Picos Icônicos – O curta traz cenas marcantes dos canudos amarelos na Reserva Biológica de Comboios, em Regência, uma das zonas mais respeitadas do surf brasileiro, conhecida por suas ondas tubulares e atmosfera única.

Da Blockchain para o Mundo: Exibições e Impacto Global

Apesar de sua abordagem underground, De Olinda 36 encontrou espaço para exibições em eventos de grande relevância cultural e tecnológica. A narrativa DIY e autêntica, aliada ao suporte da Web3, levou o filme a ser apresentado em diversos locais ao redor do mundo, como:

  • Devcon ETH – Tailândia Bangkok | Exibição no hub criativo do Protocolo Zora, conectando a arte do surf com a revolução on-chain.
  • Premieres no Rio de Janeiro | Sessões especiais para a comunidade, reforçando a identidade do surf core no cenário nacional.
  • Floripa Film Fest (20/03) | Um dos festivais de cinema mais inovadores do Brasil, dedicado à valorização do audiovisual independente e da cultura do surf.

    O Floripa Film Fest tem se consolidado como um espaço essencial para o cinema independente, trazendo narrativas autênticas que exploram a interseção entre arte, cultura e esportes. Além da exibição de De Olinda 36, o festival também apresenta obras de parceiros como Oke Oke – um filme que mergulha na essência do surf nacional Brasil com uma abordagem experimental – e Corpus Mens Anima, que investiga a relação entre corpo, mente e alma através do movimento.
    Essa curadoria reforça a importância da produção audiovisual independente e sua conexão com cenas underground, consolidando um novo espaço para o surf e o skate dentro do universo cinematográfico.


A fusão entre a cultura do surf underground e o ecossistema Web3 abre novas possibilidades para a produção de conteúdo autêntico e descentralizado. De Olinda 36 não é apenas um curta de surf – é um manifesto visual que celebra a liberdade, a experimentação e a resistência da cena independente. O Futuro do Surf Core Está On-Chain.

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