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O desenvolvimento dessa prancha foi um trabalho colaborativo entre o surfista João Parmagnani e a comunidade do GnarsDAO, uma organização descentralizada que opera na blockchain, redefinindo modelos de governança e criação. O projeto uniu conceitos revolucionários, combinando a assimetria do shape paralelogramo com a descentralização dos sistemas Web3, trazendo uma nova perspectiva para o design de pranchas e a cultura do surf.

Essa inovação foi possível graças à parceria entre Airdrop Culture, GnarsWTF e MazeSurfCrafts, onde o surfista/artista ARDRP e o shaper Matheus Miranda, cofundador da Maze, foram peças-chave no processo de criação e execução do modelo.

A prancha representa um estudo avançado de um antigo modelo assimétrico desenvolvido no quiver “Traçando Linhas” anos atrás na ARDRP. Mantendo a essência inovadora, essa nova versão apresenta mais litragem e curvas refinadas, otimizando sua performance e fluidez nas ondas.

As pranchas assimétricas revolucionaram o mundo do surf ao desafiar convenções tradicionais, proporcionando novas possibilidades de manobras e experiências únicas para os surfistas. Da mesma forma, o movimento Web3 e o espírito punk seguem transformando as estruturas centralizadas da internet, promovendo um ambiente mais livre, criativo e acessível para todos.

Sou particularmente fã dos modelos que o Velim cria. Ele consegue reunir em uma prancha de design clássico uma velocidade e projeção incríveis. Então, sim, as pranchas dele são absurdas! Esse outline com um bico chanfrado gera um fluxo de água impressionante, aliado a uma distribuição de volume que torna o deck perfeito para posicionar o pé e executar movimentos harmoniosos no Mar do Norte… Estou apostando nessa prancha!

“Os surfistas estão sempre em busca de novas formas de aprimorar seu desempenho nas ondas. Nos últimos quatro anos, embarquei em uma jornada fascinante e desafiadora, explorando o universo das pranchas assimétricas e biquilhas… É como renascer no surf.”

“Inicialmente, a ideia da assimetria não estava tão fresca na minha mente, e isso é curioso, porque parece que surfei com esse modelo de prancha a vida toda, mas na verdade, não. No Espírito Santo, temos algumas ondas mais oceânicas, com bastante energia. Elas não chegam a ser Big Waves nem Slabs, mas acredito que estão em um meio-termo, onde um bom equipamento faz toda a diferença. Caso contrário, você fica preso no canal da onda ou acaba voando no drop – e não é um Airdrop, não é voar de verdade, haha. Às vezes, o vento terral é insano, então a prancha precisa ter projeção para entrar na onda, volume ideal para remar na corrente e versatilidade para transições entre base e lip. No começo, pensei: “Ah, assimétrica ou biquilha deve ser difícil de surfar”, mas eu estava enganado… As melhores sessions que tive no surf foram nos últimos anos e com essas pranchas.”

Há muito tempo, desenhamos nossas próprias imagens à mão em nossas pranchas, revelamos nossas fotografias manualmente e trabalhamos meticulosamente na combinação de cores, quase como um Photoshop analógico. Hoje, é incrível ver esse movimento se expandindo, enraizado no surf, na arte visual e no áudio, e testemunhar minhas imagens se transformando em arte gerada por IA, apresentada de forma tão dinâmica em sequências de quadros.

A Gnars tem sido um parceiro fundamental nesse cenário, trazendo uma bagagem sólida no universo do Action Sports Onchain e NFTs. Esse suporte tem impulsionado o desenvolvimento de pranchas experienciais sendo criadas no Sudeste do Brasil, onde o handshape segue vivo, permitindo testar e aprimorar designs inovadores em ondas ao redor do mundo. Esse modelo experiencial está abrindo caminho para novos projetos e movimentos que desafiam os limites da criatividade e da inovação no surf.

Promovendo a descentralização e a mudança de paradigmas. Assim como acima, é abaixo.

O movimento é cíclico, com ramificações e reajustes conforme o sistema de trabalho. A complexificação ocorre de forma harmoniosa, transformando o estudo e o desenvolvimento em um hábito natural e benéfico, guiado pela inclinação artística e profissional de cada um.


“Não seguimos uma moda específica.
A linha tênue entre essência e tendência é traçada por um discernimento artístico intuitivo.
Sim, existem padrões sólidos de pesquisa e análise,
mas é do vazio que se cria e se recria a partir de ‘NADA’.
Nós somos SURFCORE.”

No lendário pico de Setiba Pina, onde triângulos perfeitos para a esquerda dividem espaço com direitas longas e convidativas, rolou mais um momento especial. Durante o Surf Treino promovido pela Associação de Surfistas de Guarapari, Setiba, Praia do Morro, com o apoio do Shaka Surf Park, encontramos algumas ondas perdidas — perfeitas para seguir com a fase de testes da assimétrica gnárstica, o modelo Parallelogram 6’0.

A sessão foi registrada pelas lentes do nosso amigo Diego Silva, o vulgo DS, que capturou os detalhes da experiência. O vento, levemente lateral/terral, ofereceu as condições ideais para levantar voo e seguir explorando as possibilidades dessa prancha fora do comum.


Surf is where you find it. 


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