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Traçando Linhas foi o primeiro experimento entre Maze e ARDRP há alguns anos, marcando o início de uma colaboração que deixou sua marca no surf. O shaper Matheus Miranda, junto ao time Airdrop Culture, desenvolveu o icônico quiver ARDRP, que não só deu origem a modelos emblemáticos em nossa trajetória, mas também abriu caminho para uma série de pranchas inovadoras.

Com um forte DNA handcrafted, essa conexão fortaleceu a cena local, impulsionando o desenvolvimento de shapes autênticos e explorando novas possibilidades dentro e fora d’água. Mais do que pranchas, foi o início de um movimento que segue evoluindo, sempre conectado à cultura e inovação.

Matheus Miranda/Maze:

A experiência de surfar com pranchas Assimétricas corresponde à não dar uma forma exata ao seu Surf e se adaptar ao que a prancha pede diante das diferentes variações de energias que a onda surfada proporciona. Mais velocidade de um lado, mais versátil de outro, conseguimos ter um novo senso de equilíbrio, outra distribuição de peso na troca de borda em comparação a uma prancha simétrica. Não existe um só caminho para um processo eficiente, mas de fato os princípios se repetem, e um ponto interessante nesse paradoxo é a Flexibilidade.

  • Asym Quad Twin: Seu outline paralelo faz a prancha voar, principalmente de frontside quando seu lado com apenas uma quilha twin está em maior contato com a parede da onda. Seu lado oposto (quad) é responsável pelo drive seguro nas trocas de borda e nas cavadas de backside.

“Sem dúvida é a prancha mais veloz do meu quiver, gosto de usa-la quando o mar está dificil de passar as sessões”.

  • A LúpulusTwin: desenvolvida visando ser tanto a “merrequeira” favorita do seu quiver, quanto a sua “prancha do dia-dia” que mais vai à praia. Um shape bem simples com potencial generoso. O clássico outline com poucas curvas, full concave, bordas refinadas, duas quilhas e rocker suave promovem muito conforto na remada, alta velocidade e um mix de twin-fins + performance. Para quem procura por uma fish capaz de “quebrar a vala” com manobras mais modernas, essa é a prancha certa. Recomendamos a Lúpulus aos surfistas a partir do nível intermediário.

”Corpo e mente juntos ∞ Dissolve no Layback Velinho”

Esse conceito é algo que eu nunca vou abrir mão de utilizar, é realmente surpreendente o que uma prancha assimétrica é capaz de fazer. A experiência de surfar com pranchas Assimétricas corresponde à não dar uma forma exata ao seu Surf e se adaptar ao que a prancha pede diante das diferentes variações de energias que a onda surfada proporciona. Mais velocidade de um lado, mais versátil de outro, conseguimos ter um novo senso de equilíbrio, outra distribuição de peso na troca de borda em comparação a uma prancha simétrica. Não existe um só caminho para um processo eficiente, mas de fato os princípios se repetem, e um ponto interessante nesse paradoxo é a Flexibilidade.

A Paralelogramo (Asym Quad-Twin) surpreende nossos amigos/surfistas a cada tempo. Surfamos longas esquerdas com pressão nos fundos de Pedra capixaba, ondas picadas para os dois lados de um Beach Break com um crowd considerável e até mesmo Slabs Tubulares para a Direita. Aparentemente é uma prancha sem forma específica.

É prazeroso para nós testarmos as linhas do nosso bom amigo Maze (velinho) em condições adversas como citado nos textos acima, mas de fato, buscar o teste em uma onda que coopere com o sistema da prancha costuma ser o momento em que nos deparamos com a potência máxima da board.

Regência, Espírito Santo é cenário principal para esses testes. Seja no Point com seus tubos rápidos e energéticos ou na Boca do Rio com suas quase infinitas linhas que proporcionam desde curvas longas até movimentos de base e lip.

RGS Walk Alone
RGS Nuts
RGS SplitBoca do Rio, Regência. Primeiro Swell de 2022. Fotográfia de Mariana Paldolfi @brazilianshots_

Os atributos de design dessa prancha podem conter uma certa dificuldade de aplicação para aqueles com menos experiências no Surf. Mas nada impede que você galgue, lentamente como uma tartaruga na corrente e em um curto espaço de tempo já se familiarize com a troca de borda e diferentes projeções encontradas na mesma prancha. Um surf reto de linha com a possibilidade de executar arcos mais angulados no estilo de uma Mono-Quilha.

Fotografia de Bernardo Martins. Surfista João Parmagnani. Reserva de Combóios.

  • Dolores Twinfin: Step-deck marcante, outline com “side-cuts” e uma suave curva próxima às quilhas transformam essa Fish em uma prancha extremamente versátil, com drive bem redondo, muito divertida nas marolas e capacidade incrível nas ondas tubulares. Por possuir volume extra um rocker bem reto e bordas encorpadas, a “Dolores” pode ser usada em tamanho bastante reduzido em relação às pranchas “convencionais”. Single-to-double concave + twin-fins compõem seu fundo. Aconselhamos o uso de quilhas da categoria keel-fish no dia-dia e twins modernas podem ser bem-vindas em dias menores. Pranchinha super democrática, indicada a todos os níveis de experiência e habilidade.

    Anterior Próximo Dolores Twin, ”Nossa gordinha”.  Confortável, veloz e bem manobrável. Um aspecto de prancha fish clássica em relação ao volume e desing porém com um potencial de verticalizar e aplicação de curvas fechadas. Uma Twin ideal para o surf nas marolas de verão. Matheus Miranda (Maze); Quando desenvolvemos a Dolores, optamos por um Out-Line de rabeto mais fechado, mais acentuado, o que difere de uma fish tradicional que tem a rabeta mais reta. Essa curva vai influenciar diretamente nessa verticalidade, trazendo a possibilidade de um arco mais fechado, versatilidade. Com certeza se você quiser aplicar um surf de linhas mais clássicas, mais para frente, ela terá boa resposta. E quando o objetivo for inversão de rabeta, aquela leve ”jogadinha” no round house por exemplo, ela vai atender muito bem. O bico da Dolores é projetado com um step deck, ocasionando em um certo volume que deixa o pé da frente mais confortável e garante mais estabilidade no drop e na volta das manobras.


    Fotografia da amiga Baraba Lamas. @barabaralamas_photo

    Maze, aonde achar inspiração para Shapear diante de um mercado superfaturado de produtos e rápida evolução tecnológica?

    Isso é algo que não é tão fácil de se falar… claro que a Natureza, a música, a vida em si me inspira. Acredito que a verdadeira inspiração vem de uma raiz mais profunda.. uma vez que essa inspiração acompanha os momentos da minha vida. No inicio basicamente toda a inspiração vinha com o que podia observar, ficava deslumbrando na mídia, na história do Surf…. os Shapers do passado, a vontade que eu tinha de eu começar esse caminho. Hoje em dia, após desenvolver várias pranchas e realizado alguns projetos, a minha inspiração vem basicamente do que a gente já experienciou desse inicio, com um gostinho do inesperado… é o meu parâmetro. Estamos nos adaptando diante de todo esse mar de sentimento inicial e criando nosso próprio barco, com nossa dinâmica, mecânica e características mais firmes. Nossa própria linha.

    Fato muito inspiratório é a nossa experiência, e quando digo isso velinho, não é só com todo o rolê da venda e produção, ou o que vejo e ouço sobre nossas pranchas mas também o que eu sinto surfando… como também os feed back que surfistas me dizem após testarem suas pranchas. Um caso em particular que me interessa bastante são os feed back das assimétricas, em especial a Paralelogram.. nunca recebi nenhuma crítica negativa ou que não venha de um espaço bem realizado… porém ao mesmo tempo, continuamos em processo de introdução dessas Asyms. Primeiro nos inspiramos, depois realizamos e fomos inspirados, e agora continuamos realizando… É um ciclo quase Infinito.

    Maze enquanto ouve ”The Crystal Ship” pensando se deve afinar mais a rabeta ou não”.


    Maze, uma SoundTrack para traçar boas linhas?

    Putz, são tantas… hahaha, vamos lá. Rosinha de Valença, Mamonas Assassinas.. e claro, The Doors, com toda a progressão que Jim bota no vocal e a banda toda em cojunto me fazem focar e realizar um trabalho acautelado.. ”Doors of Perception”… existe seu momento mais solto mais (slow) e ao mesmo tempo vem momentos mais explosivos… E isso é interessante, pois agora que fiz essa análise, consigo ver que é bem o estilo das minhas boards.. como a Lupulus, a Dolores.. e Twin fins em geral… A música vibra. ”Siente la pura felicidad al actuar con bondad, woah. Vibra postiva, positive vibration”.

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